Alois Alzheimer |
O epônimo deve-se ao psiquiatra alemão Alois (Aloysius) Alzheimer, nascido em 1864 e que em 1901 teve sua atenção voltada para o caso de uma paciente chamada Auguste Deter, de 51 anos de idade, que apresentava um quadro clínico que começara com um exagerado ciúme em relação ao seu marido e evoluíra com alterações da memória, desorientação, dificuldade em ler e escrever além de episódios de alucinações. Nessa ocasião Alzheimer
Com a morte de Deters, Alzheimer realizou um estudo histopatológico nos tecidos do cérebro da paciente, encontrando alterações celulares, como um emaranhado de fibrilas e depósitos de substâncias amorfas. Seu caso foi apresentado de forma oral em um congresso alemão e publicado em 1907.
A paciente Auguste Deters |
O segundo caso descrito pelo médico alemão foi o de um homem de 56 anos com quadro demencial e em cuja autópsia encontrou alterações patológicas cerebrais semelhantes àquelas encontradas na primeira paciente.
Surpreendentemente, em 1992 e 1997 foram encontradas, em um subsolo da Universidade de Berlim, as preparações histológicas originais desses dois casos, (cerca de 400 lâminas) em boas condições de preservação, possibilitando um reestudo do caso desses pacientes e confirmando os achados iniciais.
Entre os méritos de Alzheimer, para justificar o epônimo está a constatação da organicidade da doença, ao correlacionar as manifestações clínicas com os achados histopatológicos, mostrando que a demência pré-senil era uma entidade mórbida específica e não simplesmente uma manifestação do envelhecimento natural.
O termo Doença de Alzheimer foi utilizado pela primeira vez em 1910 pelo também alemão Emil Kraepelin, um dos fundadores da moderna psiquiatria e pioneiro na constatação de causas orgânicas para doenças psiquiátricas.
Alois Alzheimer morreu em 1915, com a idade de 51 anos.
Bibliografia consultada
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Smith, MAC. Doença de Alzheimer. Rev. Bras. Psiquiatria. vol 21,1999.
Fuentes, P. Enfermedad de Alzheimer: una nota histórica. Rev Chil neuropsiquiatr v 41, supl 2 2003
Caixeta, L. Doença de Alzheimer. Artmed, Porto Alegre, 2012
Leibing, A. Olhando para trás: os dois nascimentos da Doença de Alzheimer e a senilidade no Brasil. Est. Interdiscipl. Envelhec. V1, p 37-56, 1999
Ramirez-Bermudez J. Alzheimer’s disease: critical notes on the history of a medical concept. Arch Med Res 43 (8) :595-9. 2012
Esta doença além de triste ao ponto de deixar toda a família depressiva, ela também adoece o cuidador.
Estamos precisando muito de ajuda, mas principalmente para termos como contratar uma ajudante para minha irmã que já está esgotada e já apresentando sintomas psíquicos.
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