Resumo do trabalho que pude apresentar no XVIII Congresso Brasileiro de História da Medicina, realizado em Palmas TO, de 06 a 09/11/2013.
Tratando o terrível Mal Francês no século XVI
O Mal Francês, um dos primeiros nomes da sífilis, apareceu na Europa no final do século XV como uma violenta epidemia, de rápida disseminação e quadro clínico muito grave, fonte de intenso sofrimento. Era uma doença totalmente desconhecida e os médicos tentaram enfrentá-la com base nas teorias hipocrático-galênicas do equilíbrio dos humores, valendo-se de sudoríficos, laxantes, sangrias, cauterização das lesões e outras formas de tratamento, que hoje podem nos parecer bizarras e absurdas, se analisadas anacronicamente, mas que foram fundamentadas no conhecimento vigente. No início do séc. XVI apareceram os primeiros tratamentos “específicos” para o Mal Francês: o mercúrio e o guáiaco, que disputaram a preferência dos médicos renascentistas. Neste trabalho serão analisadas as técnicas e opiniões dos principais médicos da época, bem como as implicações médicas, sociais, econômicas e místicas peculiares aos diversos tratamentos empregados.
Outros posts sobre a sífilis podem ser vistos nos links abaixo:
Schaudinn: enfim a descoberta do micróbio da sífilis
http://netogeraldes.blogspot.com.br/2013/10/schaudinn-descobre-o-microbio-da-sifilis.html
Mercúrio e Guaiaco: como tratar a sífilis no século XVI
http://netogeraldes.blogspot.com.br/2013/04/mercurio-e-guaiaco-como-tratar-sifilis.html
http://netogeraldes.blogspot.com.br/2013/03/o-mal-frances-e-os-incriveis.html
http://netogeraldes.blogspot.com.br/2013/01/os-nomes-da-sifilis.html
http://netogeraldes.blogspot.com.br/2013/01/a-alegoria-de-bronzino-o-triunfo-de.html