No Brasil, o Dia do Médico é comemorado em 18 de outubro, por ser a data que a Igreja Católica consagra a São Lucas, um dos quatro evangelistas e o santo patrono da medicina.

Não se sabe muito sobre a vida de Lucas, que foi um dos seguidores de São Paulo. A tradição atribui a ele curas milagrosas e é referido como um médico extremamente bondoso, caridoso, dedicado, preocupado com o sofrimento dos doentes. Teria aprendido a arte da medicina na Antioquia (hoje situado na Síria) e embora contemporâneo, não conviveu diretamente com Jesus. Não existem provas de que Lucas foi realmente médico, mas como lembra o Prof. Joffre Rezende no seu livro “À sombra do plátano”, existem evidências que apontam nesse sentido. Entre elas está o fato de que no texto do Evangelho que escreveu, São Lucas, utiliza muitas vezes uma terminologia “técnica” quando se refere a doenças, mostrando sua familiaridade com assuntos da medicina. Também foi chamado de “o médico amado” por São Paulo (carta aos colossenses).

Além do Brasil, outros países comemoram o Dia do Médico em 18 de outubro: Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Inglaterra, Polônia, Canadá, Argentina.

Nos Estados Unidos, o Dia do Médico é comemorado em 30 de março, em homenagem a Crawford Long, um jovem médico, que em 30/03/1842 realizou a primeira cirurgia sob anestesia (pelo éter) da história. Na maioria dos países da América do Sul a comemoração ocorre em 03 de dezembro, data de aniversário do cubano Carlos Finlay, que em 1881 comprovou o papel do Aedes aegypti na transmissão da febre amarela.

A medicina sempre esteve cercada por essa aura religiosa. Particularmente penso que o bom médico deve ser científico e laico. Mas será um médico melhor se estiver influenciado por pensamentos superiores. E melhor ainda se conseguir que esses pensamentos sejam os seus próprios.

Abaixo, uma versão moderna do Juramento de Hipócrates, de 1983, adotada pela Associação Médica Mundial, que pode servir como homenagem e fonte de reflexão neste 18 de outubro.

Prometo solenemente consagrar a minha vida ao serviço da Humanidade. 

Darei aos meus Mestres o respeito e o reconhecimento que lhes são devidos.

Exercerei a minha arte com consciência e dignidade.

A Saúde do meu Doente será a minha primeira preocupação.

Mesmo após a morte do doente respeitarei os segredos que me tiver confiado.

Manterei por todos os meios ao meu alcance, a honra e as nobres tradições da profissão médica.

Os meus colegas serão meus irmãos.

Não permitirei que considerações de religião, nacionalidade, raça, partido político, ou posição social se interponham entre o meu dever e o meu Doente.

Guardarei respeito absoluto pela Vida Humana desde o seu início, mesmo sob ameaça e não farei uso dos meus conhecimentos médicos contra as leis da Humanidade.

Faço estas promessas solenemente, livremente e sob a minha honra.